O que é DTM?
Sobre a Doença
A DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM) é uma doença pouco conhecida e, por mais curioso que pareça, uma grande parte dos provedores de saúde tanto da área médica quanto da área odontológica tem pouco conhecimento sobre ela ou a desconhecem. Muitos ainda acreditam que as DTMs tenham origem em causas anatômicas tais como assimetrias faciais, falta de dentes, dentes mal alinhados (tortos) entre outras. Algumas dessas teorias têm origem há mais de 100 anos. Apesar de que, com o passar do tempo ficou comprovado que não são mais verdadeiras, muitos ou por falta de estudo ou por conveniência de várias naturezas insistem em tratar seus pacientes tentando corrigi-las. Esses tipos de tratamentos geralmente são invasivos, irreversíveis, de longa duração, caros e na maioria das vezes resultam em insucesso.
O perfil do Paciente
O paciente com DTM geralmente é um doente crônico que demora anos para ter a sua queixa de dor controlada. Como os sintomas são muito subjetivos e podem estar ligados a outros problemas médicos (ansiedade/depressão, catastrofização, problemas otológicos ou reumatológicos), o dentista, muitas vezes, é o último profissional da saúde a ser procurado.
Você Sabia?
Uma questão intrigante é que as mulheres em idade fértil são as mais acometidas pela doença, cerca de nove mulheres para cada homem. Atualmente, também tem sido observado um aumento dos casos de DTM em adolescentes e crianças.
Formas de controle da DTM
Embora se trate de uma doença que possa causar muito desconforto durante anos, o tratamento para a mesma, quando bem diagnosticada, não apresenta grandes dificuldades. Com uma tomada de história da doença e avaliação clínica bem realizadas, que conste de técnicas específicas de diagnóstico, o especialista em DTM irá explorar e analisar de uma maneira ordenada as queixas do paciente, e por fim recomendará o controle necessário não só na sua área, como também será feito o encaminhamento do paciente para outros profissionais se necessário.
Geralmente o controle das DTMs é simples e conservador, feito por meio de terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular e controle de hábitos e má postura. Na maioria dos casos é necessária a interação de uma equipe transdisciplinar para o melhor entendimento e condutas específicas nas áreas de: fonoaudiologia, neurologia, psicologia, reumatologia, otorrinolaringologia, endocrinologia. O especialista em DTM deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação e encaminhando o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outro profissional de saúde. Só após a avaliação conjunta e simultânea nesses casos, será realizada a terapia.
Os sintomas mais comuns que o paciente pode apresentar
- Dor de cabeça de um ou ambos os lados da cabeça mais de dois dias por semana;
- Um “clique” ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca;
- Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar;
- Boca que “fica presa”, trava ou sai do lugar;
- Cansaço na face ou ao mastigar;
- Alteração no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam – mordida desconfortável;
- Ranger ou apertar dos dentes noturno /diurno;
- Alguns tipos de zumbido nos ouvidos;
- Dor ou tensão no pescoço referindo dor para a face ou cabeça.